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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Comprei-me dois Donuts

     ---Para quem não sabe (eu também não sabia), hoje é dia de São Valentim, dia dos Namorados. Antes de mais nada quero desejar aos enamorados: Feliz dia de S. Valentim. Para aqueles à procura: Boa sorte. Àqueles que não estão nem aí pra isso: Paciência; pode achar que não ama, mas chegará o dia onde encontrará aquele alguém que vai derreter seu coração de pedra.---


    "Na lojinha do chinês, lá na praça. Lá podes encontrar guarda-chuvas baratos"... Informação furada de uma pessoa mais perdida que eu. Sem guarda-chuva, apenas com um casaco e uma boa dose de coragem... dei mais uma volta pela cidade, não sem antes parar para ter uma palhinha do que viria a ser o Show de São Valentim, à Praça 8 de Maio. Devia ter ficado mais tempo lá.
     Morto de fome escalei uma das milhares de ladeiras desta cidade para chegar à cantina da UC. Lá comi sopão, sem direito a pãozinho. Mais chuva e mais ladeiras até meu apartamento. Ufa, finalmente em casa.
     Mas cá em casa parei pra pensar, como é bonito o Dia dos Namorados. A cidade estava repleta de sinais que demonstravam a realidade da data; realidade que desconheço. Nas Ruelas pessoas a conversar e entre elas de repente surge uma rapariga. Tabuleiro sobre o ombro, várias tartes em formato de corações rosas e vermelhos, veio ela toda sorridente carregando sua encomenda. Mais abaixo, à porta de uma venda, um casal com corações aveludados conversava carinhosamente. Estavam a atrapalhar a passagem dos passantes mas ninguém se importava com isso; o amor está no ar, e não é contagioso por quê? Explica-me 
     Rua acima um casal cruzou-me a frente, as tulipas sob os braços dela pareciam ter vida própria ao acompanhar o balanço do caminhar dos dois, que pareciam estar sobre um tapete de ar. 
     Para um ano com dois dias dos namorados, quem é solteiro deve estar no lucro: sobrou dinheiro pra comprar o sorvete pra ajudar a espantar a solidão.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cadê meu manjericão?

     Depois de uma noite não muito divertida, com um forrozinho mixuruca, chegamos em casa, no quentinho, e fomos deitar. Sono picado, coberta curta e uma almofada caroçuda como travesseiro. Ser intercambista pode ser um desafio, mas somos fortes ou melhor: temos um objetivo, e por ele teremos que deixar pra trás algumas manias e chatices.
     Leila, nossa querida amiga da imobiliária tinha avisado que as chaves novas do apartamento já estavam prontas e se encontravam na loja. Então, assim que acordei, criei coragem e saí no frio matinal coimbrão. "Operação chaves" estado atual: ABORTADA. Em frente à uma Igreja, ao pé do que eu decidí chamar de Rua XV (por motivos óbvios de semelhança, funcionalidade e por não fazer a mínima idéia do nome da rua), fui obrigado a voltar e colocar uma touca. Como quase todo mundo sabe eu não tenho sensibilidade alguma em minhas orelhas mas, por incrível que pareça, hoje o frio as fazia arder (vai entender). Subi a ladeira pra voltar ao apartamento, vesti uma touca e apanhei a máquina fotográfica e recomecei a "Operação chaves".
     Chaves em mãos e algumas fotos a mais para o álbum, cheguei à Pastelaria Sta Clara e, para prestar uma homenagem, comi um pastel de Sta Clara, seja lá quem ela é ou melhor: quem foi; o pastel era uma delícia, mesmo sem saber qual era o recheio. Devorei-o inteiro, sem me importar -muito- com o que os passantes achavam do açúcar de confeiteiro em meu casaco preto.
     Um dia memorável, marcado por um passeio à beira do Mondego, acompanhado por Bettina, rumo ao Fórum Coimbra, o shopping local. Algumas compras depois e já no aconchego do nosso apartamento, decidimos que iríamos dispensar a sopa hoje e comeríamos pizza. Pizza marguerita que por mais estranho que possa parecer não leva tomate e manjericão. "Minha senhora, isso pra mim se chama pizza mozzarella"

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Portugal Rocks

     Depois de 40 horas sem dormir, de ter cometido duas gafes no avião e de ainda não ter comido Pastelzinhos de Belém, tivemos um dia caótico, pra nao dizer catastrófico.
     Portugal tem se mostrado um país de extremos. Há aqueles que digam que o país mais ao oeste Europeu seja desorganizado para os padrões dessa União, mas deve-se notar e apreciar a riqueza cultural e o grande gap que existe entre elas. Edificações seculares convivem com predios recentemente construídos ou com reformas que alteram seu estilo original, os portugueses saem vestidos como querem, e ninguém se importa com isso. Todavia diferentemente do Brasil, não há meio-termo quando se trata de vestimenta. Ou vc é completamente crazy ou, como diriam algumas pessoas: monótono, o que eu prefiro chamar de clássico, sem nunca perder o estilo.
     Lisboa, capital do país, não teve muito a adicionar ao nosso roteiro em termos de cultura local e imagens mentais (quem dirá fotografias), visto que tivemos apenas uma hora para conhecê-la; entretanto continuará a ser eternamente a primeira terra européia em que coloquei meus pés.
     Pois... dei tchau para o Samba. Lembro-me disso mas, na terra do Fado fui recebido na Portela - Aeroporto Internacional de Lisboa - quanta ironia.
     Samba e Fado à parte, minha noite foi ótima, estava a parecer um morto-vivo de cansaço. Um morto-vivo com direito a Heineken, amendoins salgados (muito cena de filme) e uma caminhada pela gelada Coimbra, no calar da noite, beirando o calmo Mondego. Para completar a primeira noite: Rock português no Rock Café Coimbra, ora pois, pois não poderia ser diferente, percebeste?